Desde o nascimento o saber inato do homem avança na vida e vai progredindo a cada instante.
É uma espécie de programação prévia, como se fosse um DNA psíquico em estado latente no psiquismo mais profundo de cada ser. É o instinto. Aquilo que se nasce sabendo. Ninguém ensina o bebê a mamar, ao encostar a boca ao seio, ele começa a sugar instintivamente.
Essa sabedoria inata, vai sendo acrescida de mais sabedoria adquirida a cada nova experiência vivenciada. Cada vez que se resolve um problema instintivamente, essa sabedoria aumenta. E isto fica impregnado na genética celular, somado a toda herança celular anterior e esta vai sendo passada geneticamente aos descendentes.
Desde os nossos primeiros ancestrais, a memória genética foi se ampliando, tornando cada vez mais complexo o ser.
Cada passo empreendido, condiciona os seguintes, sendo a cada novo dia, uma nova aventura. A todo instante uma nova indagação se apresenta e a cada situação, uma reação se impõe.
A resposta à indagação e a atitude a ser tomada, dependerão da experiência inata ou aduirida de cada um. Podemos comparar a vida como uma viagem e nós, os viajantes. Os problemas e as soluções vivenciados e memorizados aumentam nossa bagagem nesta viagem. Nosso conhecimento se amplia e nossa consciência se modifica. E, assim de experiência em experiência vai se formando e transformando o nosso mundo interior e aumentando nossa percepção do mundo exterior.
Percebemos o mundo exterior e com ele entramos em contato através dos sentidos: audição, visão, tato, paladar e olfato. Muitas vezes esse sentidos nos enganam. Observamos um objeto a distância, na penúmbra e nos parece outro, e, por vezes só realmente percebemos o engano, quando chegamos bem perto. Alguém pode dizer algo e nós ouvirmos outra coisa, e assim por diante. O sentido que mais nos engana é a visão. Quanto mais aumentamos nosso autoconhecimento, menos somos enganados por nossos sentidos de percepção.
O mundo interior é único, inerente a cada pessoa e é composto de nossos pensamentos e sentimentos.
O Amor, a compaixão, a raiva, e todos os outros sentimentos estão no nosso mundo interior. Se tivermos consciência deles, saberemos como deixá-los se manifestar ou não, dependendo do sentimento e do momento.
Para iniciar a busca do autoconhecimento, podemos adotar técnicas que acalmem a mente e então nos levem para dentro de nós mesmos, percebendo nossos sentimentos, ou seja, o nosso mundo interior.
A respiração tem grande importância na percepção de como estamos. Conforme nosso estado interior, manifestamos nossas ações e reações. E uma dessas manifestações é através da respiração.
Se estamos tensos ou ansiosos, a respiração se torna mais rápida. Se estamos tranquilos a respiração é lenta e profunda. Podemos desta forma mudar nosso estado interior, através da respiração adequada.
Respiração para Acalmar a Mente
Para acalmar a mente, em qualquer ocasião, respirar varias vezes, lenta e profundamente,
=> Inspirar lenta e profundamente, mas sem desconforto, levando o ar até o baixo ventre , expandindo o abdômen
=> Expirar lentamente contraindo o abdômen, fazendo com que o ar saia completamente.
Repetir o exercício pelo tempo que for confortável.
É importante estar consciente do processo respiratório, prestando atenção no ato de respirar, sentindo e vivenciando a respiração.
A respiração lenta e profunda com atenção concentrada auxilia na maior percepção de si mesmo e também no relaxamento psícofísico.