Visitas: Magia do Verbo - O Poder da Palavra: APROFUNDANDO-SE NO MUNDO INTERIOR
No início era o OM e o OM se fez som.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

APROFUNDANDO-SE NO MUNDO INTERIOR

 

            Quando nascemos, trazemos conosco uma herança que vem desde os nossos antepassados. Essa herança é a nossa memória hereditária e celular. Também   chegamos à vida, com um grande potencial  a ser desenvolvido.

O desenvolvimento deste potencial é inerente  de cada um, podendo ser amplamente desfrutado ou simplesmente bloqueado, de acordo com as vivências individuais e  da  memória hereditária e celular que trazemos.

            A vida é a nossa grande  viagem e nós os viajantes, diariamente, nossa viagem segue, e desta forma, progredimos explorando e descobrindo novos espaços. Cada passo, determina  o próximo nesta jornada sem volta. 

            A cada  nova situação vivenciada, surge um novo enfoque e a cada ação, uma respectiva reação se apresenta. Certezas e dúvidas, problemas e soluções, enfim, tudo o que for vivenciado e experienciado, incorpora-se à  nossa  bagagem  na viagem da vida, aumentando nosso conhecimento, modificando nossa consciência, formando e atuando em nosso mundo interior.

            O mundo interior faz de cada pessoa, um ser único, e é causa de estudos e pesquisas que intrigam desde o filósofo, o místico, o metafísico ao cientista, entre outros.

            Nas profundezas secretas do nosso mundo interior se encontram ocultas as motivações de nossos atos. Entretanto, por mais profundo que seja esse recanto secreto, ele se manifesta em nossos pensamentos, atitudes e comportamentos. Manifesta-se na nossa forma de agir e reagir ou, de se retrair diante dos acontecimentos. Pode proteger mas, também  cercear  nossa liberdade individual.


            Uma experiência vivida ou trazida na memória, influencia nossas  reações em experiências  de ordem semelhante.

ð     Exemplo 1:

            Ouvimos uma música enquanto conversamos agradavelmente com alguém. Todas as sensações ficam impressas em nossa memória. Anos mais tarde, ao ouvirmos ou mesmo, simplesmente nos lembrarmos da música, nossa memória  traz de volta a lembrança da pessoa, da conversa e até mesmo das sensações vividas naquela ocasião.

ð     Exemplo 2:
     
            No início da noite , em um terminal de ônibus, uma pessoa é assaltada por um jovem forte de cabelos compridos e boné. Sua reação é de pavor.

            A partir desse dia, toda vez que essa pessoa vê um jovem forte de cabelos compridos e boné, fica apavorada instantaneamente. A pessoa não  anda  mais ônibus à noite, pois não suporta a sensação que sente ao chegar no terminal, quando a noite chega.
            São exemplos de reações que podemos ter ao, simplesmente lembrar de um fato ocorrido, e muitas vezes até de lembrar-se de um único detalhe do fato.

            Muitas vezes nos surpreendemos com a forma com que agimos ou reagimos diante de situações.
           
           
            Temos nossos sistemas  de autodefesa e de autoproteção, que muitas vezes limitam nossa liberdade de expressão.


ð     Exemplo:

Não falar por medo de ser criticado.

A timidez é o sistema de defesa para evitar o sofrimento que a crítica causaria. Esse mesmo sistema de defesa, que protege contra a possibilidade da crítica, pode ocasionar problemas e sofrimentos ainda maiores, limitando nossas possibilidades.
 
            É comum ouvir alguém dizer: “fiquei paralizado de medo”, “não consegui reagir”, “fiquei completamente sem ação”, “quase morri de vergonha, ou de medo”...
           
            Isto porque nosso corpo vibra  no mesmo ritmo que nossas emoções e sentimentos.
           
ð     Um frio na barriga;
ð     Alegria no coração;
ð     Nó na garganta;
ð     Tremer de emoção;
ð     Alegria e felicidade que desatam o riso;
ð     Tristeza e sofrimento que fazem chorar, entre outras.


            Para entender o porquê de nossas reações, faz-se necessário descobrir o que está causando-as. E, muitas vezes as causas são de tempos muito remotos de nossas vidas, guardadas e esquecidas por nós mesmos nas profundezas de nosso mundo interior. Quando conseguimos entender o motivo de nossas ações ou reações,  fica mais fácil encontrar a harmonia e o equilíbrio interior, e, com isso, além de aumentar a própria percepção e até   mudar atitudes e comportamentos.

            A respiração consciente é de grande auxílio na percepção do mundo interior. E, consequentemente, na compreensão de nossas atitudes, bem como na modificação de ações, reações ou comportamentos indesejados, limitadores e prejudiciais.

PRÁTICA

Respiração Consciente:

ð     Sentar-se confortavelmente ou deitar-se;
ð     Olhos fechados;
           

ð     Inspirar  lenta e profundamente, pelas narinas, deixar o ar chegar ao baixo ventre, expandindo o abdômen;
ð     Reter o ar por alguns instantes, enquanto for confortável;
ð     Expirar lentamente, pelas narinas, contraindo o abdômen, deixando o ar sair completamente;
ð     Manter os pulmões vazios por alguns instantes, enquanto for confortável;
ð     Continuar o exercício enquanto sentir-se confortável.

Durante todo o exercício, manter-se consciente da respiração.

ð     Perceber a trajetória do ar desde as narinas até os pulmões, e destes até as narinas outra vez;
ð      Percebera temperatura do ar  ao inalar, e depois ao exalar;
ð     Ouvir o som do ar durante a respiração;

Aos poucos enquanto respira,levar a consciência a cada parte do corpo, sendo uma parte de cada vez;

ð     Consciência e percepção aos pés,
ð     Ás pernas;
ð     Aos quadris;
ð     Ao abdômen;
ð     Ao peito, procurando ouvir os batimentos cardíacos, sentindo o coração pulsar;
ð     Às costas;
ð     Aos ombros;
ð     Aos braços;
ð     Às mãos;
ð     Ao couro cabeludo;
ð     Ao rosto;
ð     Às orelhas.

Perceber que aos poucos o corpo todo, assim como a respiração, vai ficando mais leve, mais sutil, cada vez mais leve e sutil, até     que por alguns instantes, o pensamento se cale, para que a consciência possa se manifestar.

Depois de alguns minutos, aprofundar novamente a respiração, expandindo a abdômen ao inspirar, contraindo-o ao expirar.

Mover lentamente os pés e as pernas, as mãos e os braços; alongar-se, espreguiçar-se, abrir os olhos e sorrir.

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